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segunda-feira, 13 de maio de 2013

Cidade das Meninas

Meretriz, filha da noite, filha da lua... Puta, assim chamada pelos que a querem nas ruas. Nua, vivida, cliente assídua dos bares e esquinas. Frequentadora das mais requintadas pastelarias chinesas. Acostumada com o cheiro das ruas, convive com as baratas passantes das sarjetas sujas. Aquele sumo preto do asfalto molhado, os mendigos deitados logo ao lado, o grito dos pivetes fritados, tomando dura dos gangsters fardados. Fim do ponto, ela não vê à hora de chegar em casa, esperando o zona sul/central, pra pegar o cara de lata das 6:15 numa quarta, ate sua casa alugada na baixada, bem ao lado do movimento, na esquina onde fica aquela rapaziada esquisita. Ela chega suada e fedendo, de mais um dia de índio, e abraça o que ainda prende sua dignidade. Ao chegar, assiste o programa feito para as burguesas por uma velha garotona e um papagaio idiota que a faz sorrir. Com o caderninho na mão, anota as receitas que nunca irá preparar, para pessoas que nunca irão existir. Assiste as novelas, vive as tramas, sonha com roupas e jóias. Com aqueles carros, com os olhares sinceros que ela nunca conseguiu ver. Mas acaba engolindo sua realidade através de um globo, com aquele papo capitalista de como ser pobre é divertido. Ela ainda é muito jovem... Não aqui, mas aqui dentro, sabe? A vida foi dura, e pulou rápido sua época... Antes dessa vida, ela já foi menina, assim como você, talvez. Estudava, brincava, mas hoje, a sociedade descrimina, a trata como escoria, lodo das avenidas... Ela assiste aos telejornais e se espanta ao ver que nunca falam das filhas prostitutas dessa pátria selvagem,que ama mais os filhos do imperialismo, que seus próprios... Os abandonando ao relento, a fome, a doença, para entregar aos "vindos de longe", que ainda são tratados como deuses, os tronos do coliseu. Tiraram a dignidade, e deram as necessidades. E ela, como agente da ordem, garante a única verdade que eles permitem, para te fazer sentar de pernas abertas na sua realidade; O prazer.
( Leonardo Ribeiro )


Perspectiva nº62

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