Afinal, tudo aquilo que amamos, sempre levará consigo parte de nos. Isso é inevitável, a cada passo que damos, deixamos algo para trás, e não cabe a nos juntarmos os cacos que restaram pelo caminho, mas lapidar uma nova pedra, afinal, não se pode colar um cristal quebrado, mas pode-se conquistar um novo. Aprendemos a ver por outras formas, e descobrimos nossa forma... Bela metáfora ao dizer que somos como espaço em formas geométricas, e em cada espaço que nos compreende, existe um alguém para completá-lo. Como um quebra-cabeça, onde uma peça pode ser encaixada em um lugar errado, mas não fará o menor sentido na pintura, e só nos resta retira-la. Mesmo que saibamos que será difícil encontrar a peça certa, devemos saber que com as peças erradas, nunca chegaremos ao fim. Assim devemos compreender cada singelo sorriso, notar em cada detalhe, e deixar que o inevitável aconteça, pois as coisas inevitáveis estão aqui, e literalmente não podem, e não serão mudadas; elas acontecem, e como uma onda forte, nos faz perder o sentido, a razão, pois não sabemos de onde ela veio, mas sabemos que ela nos acertou em cheio. Ondas vem e vão, eu sei... assim como a felicidade, e o amor, mas nada do que é cativado se vai pra sempre... assim mesmo como as ondas, e como o sol, e cada dia que passa, e o sentido que inventamos para vivê-los.
( Leonardo Ribeiro )
Perspectiva nº53
vocênão vai ser psicologo, vcjá é poeta cara!
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