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domingo, 20 de março de 2011

Corações ajato


O tempo voa como aviões ajato
Rápido, tão rápido, que quebra as barreiras do amor
E vai tão alto, que me machuca muito, se de uma queda livre eu for
Mesmo com atrasos e adiantos, meu vôo chega
Sem duvidas cheguei, e logo, tão cedo ou tarde, parti
Essa é a escala da vida, partimos a uma viajem, e um dia retornaremos dela.
Deixando saudade, deixando o amor, o que restou, o que sobrou.
Sem mais, ele não espera, jamais, a hora é certa, e veio para seguir
Meu coração, um velho monomotor que ainda voa, se aventura
E vai alto, a vezes falha, me deixa na mão, mas nunca chega ao chão
Nunca pede permissão para pousar, chega, e sempre da um jeito de voltar.
Suas paradas as vezes são rápidas, algumas horas, as vezes com retorno, ou não, mas sempre acaba dando um jeito de sentir-se em casa.
Algumas vezes ele fica por um tempo sem seguir, mais do que o normal, mais do que o normal para sem baixas partir.
E mesmo com todos os corações a jato, ele é um monomotor, me leva da tristeza a felicidade, ate o amor... assim como os outros, mas voa na velocidade certa, na lentidão para deixa saudade de seu vôo suave pelo céu da sua imaginação, e sem limites ele me leva para onde for.
E se você acha que depois de um tempo parado, por um longo pouso, ele demora a pegar, acredite, se você o ver no chão, e porque mais uma vez, ele já voltou ao uns pousos dar.

( Leonardo Ribeiro )

Perspectiva nº50

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