Ana Maria

Te procuro por todos os cantos

Não te encontro...

Mas a final: onde uma de você eu compro?

Já tenho todo o dinheiro, mas ele não basta.

Já tenho tudo de bom que alguém poderia ter

Mas ainda não tenho você...

O que mais devo fazer?

O que mais falta?

Amor? Pode ate ser... que seja então amor!

E se não for? O que será de mim? Espero que não seja o fim!

Ainda acordo e penso que foi um sonho, mas esse sim e o melhor deles

Porque vivo cada segundo com os olhos abertos – ele é real.

As vezes queria com você estar, pra um apertado abraço te dar

Pra dizer simples e sinceras palavras

Que soariam melhor do que quaisquer poemas já feitos

Que qualquer sinfonia já tocada ou criada

Talvez valessem pelo olhar que nunca trocamos

Pelas mil e uma coisas que nunca fizemos juntos

Pelos infinitos “te amo” que nunca dizemos e sentimos

Talvez pela forma estranha que as pessoas se conhecem

E como esse simples conhecer, rapidamente pode crescer

E crescer tanto, tanto, a ponto de confessar a um estranho amigo

Distante e desconhecido, as dores do meu mundo

A vontade que dá de te fazer feliz, donde vem eu não sei

A vontade estranha que dá de escrever pra você, também não sei

Só sei que dá, assim deixo essa maré me levar pra bem longe daqui,

talvez pra ai, bem pertinho de ti.

Porque não nascemos, e crescemos juntos?!

Porque no lugar do vizinho chato não tenho você

Dividindo uma parede meia com a minha vida

Confie em mim! Me de a sua mão - vamos voar!

Pra bem longe daqui – sei lá! mas será?

Será que ainda vou morar onde você mora?

Será que você é aquela parte de mim que veio faltando?

Ou aquela que veio com defeito? Perfeito!

Seus defeitos completam os meus!

Onde um defeito me tira a metade, você é a minha metade do coração

Pois o que foi vivido, foi o de mais puro a ser

Sem pretensão, sem a intenção, ou talvez sim, tenhamos todas elas!

Talvez sim, talvez não, mas quem saberia, Ana Maria?

( Leonardo ribeiro )

Perspectiva nº20