Que engraçado, não esperava que fosse ser assim.
Estou aqui, quatro e poca, vendo corujão na tv...
E você aonde foi se meter?
Já esqueceu assim de mim?
Talvez antes ainda existisse uma confiança
digamos que certo poder sobre você.
É... então as coisas mudaram mesmo.
Não é assim que nos ficávamos
Tão distantes, tão frios... Meu deus... Ainda sinto muito frio.
Talvez pelo fato de ter acostumado com seu calor
ou simplesmente uma febre das madrugadas frias em claro.
Não, acho que é ausência dos sentimentos...
E sempre que eu pego no violão e toco aquelas canções nossas
Ou agora canção de vocês!?
Ela ainda se encaixa tão bem no refrõe seu?
Ou nos refrões seus!?
Aqueles versos que nos definiam por completo
exceto aqueles momentos em que eu me sentia um objeto
um ventríloquo que facilmente seria manipulado, porque alem das cordas nos membros, existia uma que me controlava por completo, enroscada e apertada, bem no coração.
A verdade era que eu estava certo do que eu queria
E você, tinha duvidas? Ainda tem alguma duvida ai dentro?
ou os erros não te ensinaram como num livro onde tudo e tão exato
que pessoas não são como um brinquedo quebrado
que mesmo com um pedaço arrancado, ainda sustenta um entorpecente sorriso em seu rosto plastificado.
E desta vez não tem um parafuso que conserte, nem um cola
para prender tudo em seu devido lugar.
E mesmo que haja, nunca ficara perfeito de novo, ileso.
Já me sinto deformado, desfigurado, amassado, acabado, fodido.
E não te mostrando a perfeição, vou ser jogado naquela velha caixa de sapatos onde tudo fede a mofo, e quando se olha para dentro, só se vê os mesmos erros, os mesmos beijos, os mesmos gestos, os mesmo cheiros, os mesmos olhares.
Essa caixa de sapatos só prova que as duvidas ainda são as mesmas;
O chute na mesma pedra, o mesmo sapato apertado que não tem jeito, mas você ainda encinte em usar, o mesmo buraco que sempre te torce o pé. Errar faz parte da personalidade humana, eu sei, mais o poder de compreender que o mesmo erro não poderá ser cometido por vezes, só faz parte de um instinto, um sentido que nós “seres racionais” ainda não temos.
( Leonardo Ribeiro )
Perspectiva n°4
leonardo... eu sei que o espaço aqui seria pra comentar o texto, mas o teu blog está belíssimo, e isso grita. parabéns!
ResponderExcluir