Ajude-me!

Apresente o New perspective para seus amigos!
ajude-me a crescer!
PARTICIPE!
Clique em "Curtir"
embaixo de cada texto
e Curta a pagina do New Perspective no Facebook.
۞--------------------------------------------------------------------------------------------------------...-----------۞
۞--------------------------------------------------------------------------------------------------------...-----------۞
۞--------------------------------------------------------------------------------------------------------...-----------۞
۞--------------------------------------------------------------------------------------------------------...-----------۞
AviZo!AviZo!AviZo!AviZo!
Se você estiver utilizando o Internet Explorer, o blog poderá apresentar alguns erros. Baixe o Mozilla Firefox 8 porque além de ser mais rápido, ele é completo!

Alguns textos não estão visíveis na pagina inicial. Foram ocultados para economizar aquele espaço. Todos os textos estão aqui em baixo, na lista de perspectivas.
↓ ↓ ↓

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Cidade das Meninas

Meretriz, filha da noite, filha da lua... Puta, assim chamada pelos que a querem nas ruas. Nua, vivida, cliente assídua dos bares e esquinas. Frequentadora das mais requintadas pastelarias chinesas. Acostumada com o cheiro das ruas, convive com as baratas passantes das sarjetas sujas. Aquele sumo preto do asfalto molhado, os mendigos deitados logo ao lado, o grito dos pivetes fritados, tomando dura dos gangsters fardados. Fim do ponto, ela não vê à hora de chegar em casa, esperando o zona sul/central, pra pegar o cara de lata das 6:15 numa quarta, ate sua casa alugada na baixada, bem ao lado do movimento, na esquina onde fica aquela rapaziada esquisita. Ela chega suada e fedendo, de mais um dia de índio, e abraça o que ainda prende sua dignidade. Ao chegar, assiste o programa feito para as burguesas por uma velha garotona e um papagaio idiota que a faz sorrir. Com o caderninho na mão, anota as receitas que nunca irá preparar, para pessoas que nunca irão existir. Assiste as novelas, vive as tramas, sonha com roupas e jóias. Com aqueles carros, com os olhares sinceros que ela nunca conseguiu ver. Mas acaba engolindo sua realidade através de um globo, com aquele papo capitalista de como ser pobre é divertido. Ela ainda é muito jovem... Não aqui, mas aqui dentro, sabe? A vida foi dura, e pulou rápido sua época... Antes dessa vida, ela já foi menina, assim como você, talvez. Estudava, brincava, mas hoje, a sociedade descrimina, a trata como escoria, lodo das avenidas... Ela assiste aos telejornais e se espanta ao ver que nunca falam das filhas prostitutas dessa pátria selvagem,que ama mais os filhos do imperialismo, que seus próprios... Os abandonando ao relento, a fome, a doença, para entregar aos "vindos de longe", que ainda são tratados como deuses, os tronos do coliseu. Tiraram a dignidade, e deram as necessidades. E ela, como agente da ordem, garante a única verdade que eles permitem, para te fazer sentar de pernas abertas na sua realidade; O prazer.
( Leonardo Ribeiro )


Perspectiva nº62

domingo, 2 de dezembro de 2012

Formigas


Uma formiga escalou o prédio, e veio parar aqui, nessa sala. Imagine que jornada, quanto tempo ela levou para vir de onde veio, ate aqui. Para elas, nossos passos são a imensidão, do que para nós, é o universo. Nosso simples caminhar, um fim apocalíptico. Nosso sopro, a tragédia de uma árdua busca por alimento. Nossas mãos, um deus que, por prazer, tira-lhe o lar ou a vida, antes do próximo inverno chegar. Para elas, nossos gestos mais simples, ditam todo o seu propósito existencial e ate onde tudo que construiu permanecerá. Você percebe que tendo como perspectiva o universo, somos nós a habitar mais um das centenas de bilhões de formigueiros? Se considerarmos que existem mais estrelas no espaço, que grãos de areia nesse planeta, para o cosmo, o que somos afinal? Partículas atômicas ou quem sabe, subatômicas? Um próton rodeando incansavelmente um pontinho de energia em um grão de areia? Como um próton, vivemos rodeando as perguntas, e a medida que encontramos as respostas, esquecemos quem somos, do que há, dos mais complexos organismos aos mais simples e dos que nadaram conosco, a alguns bilhões de anos trás. A necessidade de saber o passado, limita-se onde lembraremos do futuro. Buscar nossas origens, primordialmente, deve insitar o intelecto, para, de maneira filosófica, entendermos de onde viemos e para onde vamos. O universo é a arte que se cria, é a arte que nos leva a possibilidades infinitas, partindo do nada, para o tudo. Não podemos falar do universo, sem falarmos de nós. Não compreenderemos o universo, se não nos compreendermos. Somos o tudo e o nada, a expressão simples do impossível e inexistente, a arte, nós somos deus. Ao lermos, olhamos para fora, e vemos a natureza... Ela é bem maior do que se vê. Olhe além das árvores e nuvens; O céu negro, os astros, pulsares e quasares, eu, você e nossa consciência, que é mais brilhante que o sol. E quando voltamos ao inicio, vemos que as formigas ainda estão lá, e nós, em mais um gesto egocêntrico, tentando achar em que lugar estamos nessa cadeia cosmológica. Talvez o propósito seja viver, e não entender porque vivemos, e como o sol, engrandesser-nos antes de partir.
( Leonardo Ribeiro )


Perspectiva nº61

sábado, 26 de novembro de 2011

Inquilina dos sonhos


Fotos, o único resto de tempo que restou. Que me faz voltar ao tempo e ver, com a face de um mendigo desconhecido, o amor... Inimiga do tempo, a saudade, que me faz vê-la no rosto das modelos da revista, ou na marca da pasta dental, no cheiro do meu quarto, nas bandas que escuto, nas bebidas, nos porres que levo, nos lábios, nos corpos... Num anagrama com as palavras, brinco de escrever seu nome nas placas, em outdoors, em outros nomes ou em outros amores que, independente de quantas permutações eu faça, nunca me darão um resultado. O nosso amor foi feito à mão... por mãos enrugadas, quase mortas, que num equivoco em sua “sabiência”, criou em um suspiro final a tragédia de uma eternidade. A eternidade que dura como uma chuva de flechas, que escurece o sol, e me desordena, brinca de desenhar com meu coração, como uma criança com um lápis de cera, criando, desenhando sem um contexto real... A felicidade em tons de púrpura, sobre uma folha branca... Sempre a mesma casa, que com seu bosque verde, contrastando a árvore de frutinhas vermelhas... Eu corro por ai, procurando esse bosque... posso sentir o cheiro da lenha queimada que sai da chaminé, feita por mãos inocentes, com tijolinhos de grafite... E eu corro por ai, buscando a liberdade das series da tv... Corro por aquela estrada no deserto, com um carro conversível, tentando chegar a tempo de encontrá-la no aeroporto, a caminho de sua viagem sem volta... Corro por ai, tentando convence-la, que deve ficar, que o seu futuro sou, e que se ela for, eu irei junto... Isso não é frustração... Sim, talvez seja... Mas frustração por uma razão bem plausível... Por querer tanto me perder ou me encontrar com esse tal de amor... só para perguntar (e eu perguntarei) se a inquilina dos meu sonhos mandou noticias...

( Leonardo Ribeiro )


Perspectiva nº61

sábado, 12 de novembro de 2011

O coelho


Agora, enquando esperava meu pão com queijo sair do forno, me dei conta do quanto sou impaciênte. Nunca soube esperar... Quando era pequeno, não conseguia esperar o vendedor de picolé passar a minha porta; tinha que sair correndo... Talvez encarasse isso como uma competição, para provar quem chegaria mais rápido. Hoje eu entendo o que acontece quando tropeçamos por corrermos tanto... Nunca consegui esperar os comerciais terminarem para continuar a assistir os desenhos... Também nunca soube esperar os diálogos nos jogos... Ficava apertando todos os botões do controle, para ver se algum me levava ate à hora de jogar... Algumas vezes era impossível cortar as cenas... Com relação aos meus amigos, fui o ultimo a aprende a andar de bicicleta. Sempre que caia, me frustrava, pois queria aprender instantaneamente, para que pudesse andar como todos andavam... Mas eu ainda não sabia que todos eles já haviam caído muito... Talvez, se tivesse tido um pouco mais de paciência, viesse a ser um ótimo jogador de futebol, ou talvez soltar pipa muito bem... Em contra partida, se tivesse tido mais paciência, talvez não tivesse vivido tudo que pude viver...
Hoje não é diferente... As pessoas não são diferentes... Buscam cegamente o que querem, quando querem, sem considerar nenhuma alternativa, a não ser a que querem... Tambem já me frustrei com o amor, e sempre o culpava por tais tristezas... Neste caso, deveria pensar como uma criança. Pois quando criança, caia ao andar de bicicleta, mas sabia que o problema não estava na bicicleta, mas em mim, na minha impaciência. Mas é tão difícil dizer que nossas dores são causadas por um corte, que nos mesmos abrimos... Ninguém quer mais esperar... Reflexo disso, são os relacionamentos de hoje, que duram dias... As pessoas se acostumaram a correr tanto, que caem, se machucam, e não conseguem dar continuidade a nada que começam, e quando começam, fazem tudo errado ou tornam o começo um erro, por serem tão apressadas. Nos sempre conseguimos começar tudo, mas inevitavelmente deixamos inúmeras memórias para trás, não cativamos nada, porque não temos tempo, porque não queremos parar. O mundo já nos ensinou que é perda de tempo parar... Mas nos procuramos não ver, que ate mesmo um camelo que vive dias no deserto, em algum momento, precisara parar para encontrar agua... Talvez toda a infelicidade que vivemos hoje, tenha como base a incapacidade que o homem adquiriu de não refletir... Reflexão que deu lugar aos nossos hábitos "fast-food"...

( Leonardo Ribeiro )

Perspectiva nº59

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Meninos e 'maduros'... Homens 'bonecos'...


Um garoto, quando valoroso, ainda brincava com seus diversos carrinhos, ainda loucamente colecionava e gastava todo o seu dinheiro em figurinhas... não ligava pra nada. Só andava suado e fedendo... Pra que tomar banho? Olhava para as meninas, e não se preocupava com o que ela poderia pensar sobre sua aparência... Bom, a infância de todo garoto foi assim, mas na adolescência algumas coisas mudaram... os carrinhos foram esquecidos, os álbuns de figurinhas viraram play boys. Mas fora isso, a adolescência foi uma fase dura para todos, claro, mas para os meninos foi pior... Existem dois tipos de meninos adolescentes... o feio e o “descolado”... Na juventude, o feio automaticamente é descartado, fazendo assim o descolado arrasar...
O feio sempre é motivo de piada. Na boca da “rapaziada descolada” ele é o “pega ninguém”... Fato dizer que o “bonito” não sabe 1% do que o "feio" entende sobre as mulheres, porque enquanto o bonito fazia varias garotas chorarem, o “pega ninguém” faziam-nas sorrir... que ironia né? Mas um dia a vaidade chega... a classe de bonitos aumenta... Então é ai que as historias se cruzam...
O bonitinho aproveitou sua aparência, cuidou do seu corpo, da sua beleza de um modo geral, enquanto o feio, não tinha motivo pra se preocupar. Por meados dos 17, 18 anos, o “pega ninguém”, por sua malandragem, entende que se ele comprar aquela roupa... ou se ele usar aquele corte de cabelo... bom, quem sabe, mas o feio sempre se questionou como aquele papo furado do cara descolado funcionava... fato dizer que se aquele papo furado funcionava naquela época, seguindo um instinto, o cara descolado ainda lança o mesmo papo furado hoje... Mas é claro, pessoas amadurecem... mulheres querem ouvir outros papos... papos melhores... algo que não seja quantos quilos ele pega no supino, ou que baladas ele freqüentas, “quantas mina” ele pega, ou sobre o que ele tem, as mulheres não querem ser pegas pelo braço para ouvirem um “chegae pow, fala comigo!”, não querem ouvir suplicas por um beijo sem sentido... coisa que o malandrinho adora fazer... Aparência é algo puramente manipulável... Os que eram gordinhos, emagrecem... os mau vestidos, passam a se vestir bem... os espinhudos, passam a cuida de sua pele... os descabelados, se penteiam... mas o que quase todo ex-feio tem em comum, é saber quase tudo que as mulheres querem e pensam... Em contra partida, o antigo descolado, não tem um bom papo, não é inteligente, porque ele priorizou seu corpo, e esqueceu sua mente. Existe uma frase, que define muito bem a fase adulta de um ex-feio:

“Quem bate esquece, quem apanha, vai sempre lembrar”

Antes a menina que se apaixonava por caixas, quer bombons, e hoje os bombons só são dados, por quem sabe da-los... Hoje, as mulheres se cansaram dos “gatões” idiotas, porque é pela personalidade de um ex-feio que ela procura, mas da mesma maneira que no passado delas, o ex-feio sabe que pode ter pessoas interessantes, e não vê motivo para ficar com as mulheres que so teriam o corpo para lhe oferecer, deixando-nas para os canalhas... Assim, um ex feio, inevitavelmente, como sempre fez, trará a felicidade a uma mulher, porque diferente do resto, ele aprendeu a fazer isso... graças ao homem burro, que somente tem a oferecer sua futilidade.

( Leonardo Ribeiro )

Perspectiva nº58